sexta-feira, 27 de junho de 2014

Bitaites Mundial - Mundial 2014 - Fase de Grupos

Tudo o que é bom acaba rápido, passa rápido, e esta emocionante fase de grupos passou a correr.

A sério... Foi. De. Loucos!



Num Grupo com Inglaterra, Itália e Uruguai, passa a Costa Rica em primeiro. A Nigéria bate o pé à Bósnia e coloca a Argentina em sentido. O Irão quase conquista um empate (e até merecia a vitória) contra a Argentina. Grécia apura-se a segundos do fim depois de dois jogos fraquinhos (Euro 2012 anyone?). EUA avançam para a fase seguinte deixando Portugal e Gana de fora. Espanha e uma renovada Inglaterra são eliminadas logo na 2ª ronda. México ombreia com Brasil e massacra Croácia. Colômbia encanta o mundo! França e Suíça "salvam a honra" europeia. Argélia elimina Rússia, com Halliche e Slimani como figuras de proa. Suárez morde um colega de profissão. Quintero, Jackson e Varela marcam. Herrera espalha classe a cada jogo! James começa a mostrar que é um jogador de topo (finalmente, na minha opinião), e justifica outros voos para longe do principado! Defour, depois de passar o ano aflito com o Mundial, não joga a titular e quando tem hipótese, é expulso.

Ufa! Até fiquei cansado! Nesta 3ª jornada, o mais difícil foi escolher os jogos a acompanhar!




( + ) Positivo
  • Sempre na luta: tem sido algo que me tem deliciado! Grande parte das equipas (Portugal está, obviamente, fora deste grupo), demonstra uma capacidade de luta fora do normal. Dou o exemplo do Equador que, mesmo praticamente eliminado (precisava de 2 golos) e com menos 1 jogador, terminou o jogo encostado à área francesa e com todos jogadores a correr como doidos já para lá dos 90'. A FIFA desconfia de doping? Eu acho que é boa preparação física! E mental... E táctica...
  • Tudo doido: não me canso de dizer: está a ser uma maravilha este Mundial! Pode haver muitos erros individuais, por vezes desorganização táctica, mas há golos (alguns fabulosos), ritmo frenético, parada e resposta, defesas incríveis. Quem poderia pensar que um Equador-Honduras poderia ser um regalo para a vista?
  • Equipas Americanas: agressivas, lutadoras, organizadas, bem orientadas. Em suma, tudo o que é necessário para se ter sucesso.
  • Surpresas: Costa Rica. Los Ticos. Bem organizados, com um meio campo extremamente trabalhador e competente (apaixonei-me por Tejeda, que ainda joga pelas Américas...), uma linha avançada supersónica, um seguríssimo Navas na baliza e uma determinação férrea. Jogam para ganhar, sabendo das suas limitações. Quando se pensava que seriam o "bombo da festa", foram os primeiros. Não perderam um jogo e apenas sofreram um golo. Bravo! Saliento também o México, com o nosso Herrera a "explodir" (especialmente contra a Croácia!!). Defesa serena, liderada pelo veterano Rafa Marquez, um Super Ochoa na baliza (aquele jogo com o Brasil é memorável), Herrera como maestro e Giovanni dos Santos e Peralta, duas setas apontadas á baliza adversária. E ver aquele louco Miguel Herrera no banco é priceless. Uma palavra para o Chile e Argélia apurados em grupos terríveis!
  • Holanda, Colômbia e França: os primeiros guiados por um audaz Van Gaal, conseguiram anular completamente a concorrência. 9 pontos em 3 jogos! A Colômbia, com um James sublime ao comando colhe frutos da exportação de jogadores e dá-se ao luxo de ter Guarin, Jackson, Bacca e Quintero no banco. Uma mistura entre experiência e a geração de ouro do Mundial de sub-20 que promete imenso para a próxima fase! Já tinha confidenciado a amigos que achava que os franceses tinham uma bela selecção e, partindo como outsiders, poderiam chegar longe. Gostei imenso de os ver contra Suíça e Equador. 
  • Figuras: James, Messi, Fernando Santos, Klinsmann. Queria escolher muitos mais mas não pode ser! Já falei de James; Messi tem alternado 89 minutos de desaparecimento dos jogos com assistências impossíveis (mal aproveitadas) e golos geniais (leva 4/5 dos golos da Argentina). Fernando Santos conseguiu um feito heróico - conseguiu levar uma selecção envelhecida, descrente, lenta, a um apuramento que tem tanto de heróico como de merecido. Depois de dois jogos péssimos, belíssima exibição contra Costa do Marfim. Defensivamente quase perfeitos, rapidíssimos e mortíferos nas saídas para contra-ataque. Karagounis, com 37 anos, um farol em campo, e um Samaras cheio de classe na frente. Holebas tem-me enchido as medidas, na lateral esquerda. Cuidado com eles! Klinsmann revelou ter feito trabalho de casa. Montou uma equipa equilibrada, que já sofreu o revés de perder Altidore (lesionou-se contra o Gana), e conseguiu um apuramento mais do que merecido, frente a adversários com obrigação de fazer muito mais.
( - ) Negativo
  • Relvados: sem servir de desculpa, porque ao fim e ao cabo temos assistido a jogos fenomenais, mas são uma merda (pardon my french). Buracos e mais buracos, sinto-me a ver jogos no Estádio de Barcelos!
  • Entradas assassinas: tudo bem que a malta tem lutado. Mas tem havido cada entrada mais descabida... Vermelhos desnecessários, jogadores que ficam em risco de se lesionar gravemente... Lutar, tudo bem, mas com modos, sim?
  • Arbitragens: Continua a haver demasiados casos. Não consigo conceber que não se marque aqueles penalties a favor de Costa Rica e Irão, frente a Itália e Argentina, respectivamente. Escandalosos!!
  • Equipas europeias: (Espanha, Inglaterra, Itália, Portugal e Rússia). Começa a ser altura de cada clube e cada Federação de cada país começar a pensar seriamente em desenvolver jovens de qualidade, que não acabem emprestados em qualquer Desp. Aves -  tapados por "Luquinhas", "Rodriguinhos" e "Rodriguez", que muitas vezes não têm metade da qualidade. A culpa é de todos mas, acima de tudo, é do Negócio em que se transformou o futebol europeu. As Colômbias, Méxicos e Chiles agradecem!
  • Equipas Africanas: o episódio do "avião de dinheiro" do Gana é sintomático da desorganização que grassa nas Federações destes países. Não basta ter estrelas a jogar na Europa. É preciso bons treinadores e boa organização. Ah! E explicar aos meninos que representar o país vale mais do que qualquer prémio de jogo. E que quem não estiver de acordo, bem pode esquecer a Selecção... Sou um romântico...
  • Brasil e Argentina: colectivamente (não pude ver o jogo do Brasil contra os Camarões) , continuam a não me convencer. Possuem das melhores individualidades, mas toda a fase de construção e transição ofensiva parece pobre e a defesa passa por demasiados sobressaltos. Continuo a achar David Luiz um jogador banal e Marcelo e Dani Alves desequilibram imenso a equipa. Ramires não joga porquê? E Fred tem lugar cativo? Quanto à Argentina, está anos-luz à frente da Argentina de 2010 (Maradona, como treinador, não dá...), mas ainda assim parece-me demasiado insegura a meio campo (não consigo entender como Enzo Perez não joga em detrimento de Gago) e demasiado dependente de flashes individuais na frente. Messi tem servido, mas...
  • Suarez: irradiem-no do desporto, por favor! Cretino!
  • Portugal: ridículo. Em breve, análise detalhada.




Seguem-se os oitavos de final. Preparem esses corações, escolham os vossos favoritos, comprem as pipocas e deleitem-se com futebol espectáculo!
Aqui vai a tabela de jogos.



P.S.: A nossa habitual tweetolândia, autoria do meu caríssimo companheiro e amigo v.a.s.c.o., reúne os tweets mais engraçados que se lê no decorrer dos jogos. Neste Mundial fiquei viciado. Criem conta no Twitter, adicionem @portadezanove, o bem conhecido Jorge do Porta 19, e deleitem-se com as análises aos jogos deste magnífico Mundial. O Homem é genial!


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pecados Mortais - "Somos Porto?" - Parte I

Pegando na frase exibida por uma das nossas claques no decorrer de um jogo da época transacta, exporei aqui alguns dos motivos que penso constituírem "pecado" no Porto actual. Abordarei jogadores, direcção e adeptos, sendo que dividirei o post por partes (gosto muito de todos vós para vos massacrar com um "testamento" em alturas de Mundial).


Jogadores - #SomosPorto?


De uma vez por todas, definam uma política forte de privacidade do clube e imponham um código de conduta às nossas "vedetas". Num clube que desde Pedroto sempre se regeu por balneários fortes e impenetráveis, as últimas temporadas têm sido pautadas por diversas situações que revelam brechas nessa solidez. Jogadores amuados a "mandar bocas" via facebook, twitter ou entrevistas a jornais dos seus países, outros que querem sair e não hesitam em dizê-lo com toda a cagança do Mundo, quando ainda têm 2 ou 3 anos de contrato para cumprir, jogadores/empresários a forçar renovações de contrato quando acabam de cumprir a época mais miserável de que nos recordamos, empresários/familiares de jogadores a questionar as escolhas dos treinadores, fotografias como a do último jogo da época (onde aparece o nosso balneário, coisa que nem na visita guiada ao Estádio é permitida), jogadores que saem do jogo amuados, riem-se, pontapeiam objectos e não são chamados à atenção, jogadores que, depois de cumprirem o jogo mais ridículo da época (Olhão) nem se dignam a ir cumprimentar, pedir desculpa (qualquer coisa!) aos adeptos que fizeram mais de 600 km para os apoiar... Tem sido um circo infindável que, não sendo a raíz de todos os problemas, é certamente um sintoma de que algo não anda bem por aquelas bandas. Talvez haja demasiada juventude no plantel, talvez haja poucas referências em campo e no balneário; talvez o jogador-tipo dos dias de hoje tenha sempre um ego muito superior às qualidades futebolísticas, porque isto agora é mais negócio do que paixão pelo jogo. Admito tudo, menos que ponham em causa o nosso clube. Já que os jogadores tantas vezes usam a desculpa do "profissionalismo" para justificar certas atitudes, coloco a questão: já imaginaram, nos vossos empregos, fazerem coisas semelhantes? Experimentem fazê-lo então... E digam-me se correu bem.
Mas pior do que tudo isto, foi a banalização do lema "Somos Porto". É bonito, cai bem, fica muito engraçado com os # atrás, nos twitters e facebooks, mas vale ZERO se não houver resposta à altura em campo. Ser Porto não se diz, não se escreve, sente-se. É-se. Eles não são Porto, provavelmente muitos nunca serão Porto. Mas têm de ter respeito por nós, adeptos, que daqui a 20, 30, 100 anos, continuaremos a Ser Porto. Que se comportem à Porto, que lutem à Porto, mas que não tenham a presunção de Ser Porto. Muito poucos (jogadores) se podem orgulhar de o ser.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Bitaites Mundial - Mundial 2014 - 1ª jornada

Também eu tenho uma paixão assolapada pelos Mundiais (bem mais do que os Europeus). Considero esta a única altura em que o futebol conjuga toda a sua magia e imprevisibilidade com a verdadeira acepção da palavra "desporto". E isto vê-se nas bancadas, nos adeptos que acompanham as suas selecções, dos holandeses e holandesas com chapéus feitos das suas klompen (socas), aos franceses disfarçados de Astérix e Obélix, da alegria contagiante dos adeptos africanos, com toda a sua musicalidade e boa disposição, à organização impecável dos nipónicos. Todos unidos, no amor incondicional aos seus países, na paixão desmesurada por este desporto contagiante que é o futebol.

Até os americanos, sem saber muito bem que desporto é aquele sem gajos de capacetes ou bastões, vibram com o Mundial!!



No Mundial, todos se equivalem, todos podem sonhar. Todos acreditam que a sua selecção pode ir longe, com talento, com um bocadinho de sorte, embora haja sempre selecções mais favoritas do que outras (óbvio). De hemisfério a hemisfério todos os países presentes têm lugar para ídolos, seja Messi, Neymar ou Ronaldo ou até Campbell, Palacios e Bresciano.

Decorrida que está a 1ª jornada - falta só o jogo da Rússia, que não vou poder acompanhar -  temos tido tudo aquilo que uma competição desta magnitude nos costuma prometer: confirmações, desilusões, emoção, surpresas, polémica, fair-play. Tudo!

Confesso que, por motivos de saúde, tenho estado "prisioneiro" em casa, e até agora só não vi qualquer minuto do Suíça-Equador. Uma saborosa "overdose" de futebol, portanto.

Desta 1ª jornada, quando ainda é demasiado cedo para retirar quaisquer conclusões, vou destacar os que, para mim, foram os pontos positivos e negativos:


( + ) Positivo

  • Futebol ofensivo - até agora, tem sido um prazer verificar que, tirando EUA, Irão (oh, the irony...) e Honduras, todas as equipas se têm preocupado em jogar futebol de ataque, independentemente da sua valia e da do seu adversário. E não é disto que gostamos? Tudo bem, o jogo é para ser controlado tacticamente, bla bla bla... Emoção! Jogo repartido! Jogadas de perigo! É isto!
  • Adeptos - apesar de toda a controvérsia que rodeou a preparação deste Mundial (não discuto aqui as razões), tem sido um prazer assistir aos jogos, e ver a forma como cada povo vibra, à sua maneira, com o Mundial. Tive oportunidade de ver um vídeo publicado por uma figura conhecida dos portugueses, que esteve na Costa Rica e que assistiu ao Jogo contra o Uruguai e vale a pena ver a festa que fizeram depois da vitória... Que loucura! Agora digam-me, quem não se arrepia quando os brasileiros cantam acapella a versão total do hino?
  • Costa Rica e EUA - os primeiros pela maravilhosa exibição, os segundos pela capacidade de combate e resistência (perderam Altidore e, vá, foram massacrados) e ambos, pelas vitórias surpresa.

  • Austrália e Bósnia - por terem dificultado imenso a tarefa aos seus adversários e terem lutado (com armas desiguais) até ao limite por outro resultado.
  • México e Colômbia - belas surpresas.
  • Holanda e Alemanha - vitórias esmagadoras, jogadores brilhantes. Van Gaal deu um banho táctico a Del Bosque. Fenomenal!
  • Os "velhinhos" - Rafa Marquez, Bresciano, Drogba, Eto'o, Pirlo. Obrigado meus Senhores!
  • Figuras - Campbell, Robben, Van Persie e Muller.

  • Golaços! - o de Van Persie é fabuloso, o de Dempsey tecnicamente portentoso e o de Robben, um hino às transições ofensivas.

( - ) Negativo
  • Arbitragens - demasiados erros com demasiada influência em demasiados jogos. Começou com o penalty "oferecido" a Fred, os incríveis golos anulados ao México, inconsistências evidentes nos capítulos disciplinar e técnico. Ah, e o "Olho de Falcão" deixou a desejar na 1ª vez que realmente foi necessária a sua ajuda... 
  • FIFA - jogos às 13h, com temperaturas altíssimas, sol abrasador e muita humidade, e estes ursos não permitem paragens para beber água. Belíssimas indicações para os 50º do Catar em 2022. 
  • Comentadores RTP - fracos, fracos, fracos... 
  • Lesões - digo isto mais por pena de não ter todos os intervenientes em condições de dar o seu contributo. Houve demasiadas lesões pré-Mundial e está a haver demasiadas durante o Mundial. Talvez - talvez... - isto seja um alerta para se repensar calendários competitivos.
  • Brasil, Argentina, Bélgica e França - vitórias com exibições pálidas para os 3 primeiros. No Brasil o efeito Felipão - muito entusiasmo e pouco futebol. Na Argentina, demasiadas estrelas e tudo a querer resolver por si. Da Bélgica esperava muito mais. Da França também, mas dou benefício da dúvida pela fraca qualidade do adversário.

  • Uruguai - gozo supremo pela derrota. Quem viu o jogo, decerto reparou que os jogadores estavam com aquela atitude de "isto resolve-se" e quando deram por ela, já estava 3-1. Castigo merecido! (Entendam que desde que Suarez, em 2010, impediu com a mão aquele que seria o golo que eliminaria o Uruguai, de forma limpa e justa, do Mundial, que não consigo sequer olhar para aquelas camisolas...)
  • Espanha e Portugal - OUCH!



Até agora, tem sido um prazer seguir este Mundial. Siga para a 2ª jornada!!



Bitaites Mundiais - Mundial 2014


Nota prévia, este post serve acima de tudo para vos pedir desculpa pela nossa ausência, ainda que momentânea, nestes primeiros dias de Mundial. Mas entre saúde, cansaço e trabalho, eu e o Z temos andado com as mãos ocupadas. (nada de piadas malandras, seus marotos...)

Apesar da minha ligação com a selecção de Portugal se ter perdido algures entre o Euro 2000 e o Euro 2004, quando um idiota de bigode que (dizia ele) gostava de proteger "mininos" passou a ser o selecionador nacional, eu adoro Mundiais de Futebol. 

No Mundial de 90 na Alemanha tinha apenas dois aninhos e não me lembro de absolutamente nada (nem da célebre troca de escarretas entre Rudi Voller e Rijkaard), mas do Mundial dos Estados Unidos em 1994 já com seis anos, tenho uma imagem viva na memória. Lembro-me perfeitamente de estar no meu quarto numa casa antiga sentado em frente daquelas televisões pequenas tipo "caixote", com o meu Pai em pé do lado esquerdo e juntos vimos Roberto Baggio falhar o penalty que deu o Tetra ao Brasil. Lembro-me também de sentir um misto de emoções por ver os de azul e branco tristes e os brasileiros (com quem nós temos sempre alguma empatia) a festejar.


Mas foi no Mundial de 98 que me apaixonei por completo. Recebi uma Nintendo 64 no Natal de 97 com o International Superstar Soccer 64 (que mais tarde daria origem ao Pro Evolution Soccer) que só tinha selecções e foi até hoje o videojogo que mais joguei. Recordo-me também de um livro que me ofereceram com a história de todos os Campeonatos do Mundo. Devorei e absorvi tudo o que lá vinha. O troféu Jules Rimet, Laranja Mecânica, Eusébio, Brasil de 70, Gerd Muller, Maradona... E foi aí que se fez o clique mental para este estúpido vicio que é o futebol.

Mundial de 98 com a musica do Ricky Martin (Quem é que não se lembra disto?!), com os livres do Beckham, com um Ronaldo (o verdadeiro) em grande forma, com uma Croácia liderada por Davor Suker a surpreender o Mundo, com este enorme golo de Bergkamp... Enfim. Podia ficar aqui horas a falar desse Mundial.

Feita a introdução, vamos começar o segmento Bitaites (com alguns dias de atraso) dedicado desta vez ao Mundial 2014 no Brasil. Nos próximos dias vamos fazer um resumo do que passou e estar atentos ao que se vai passar até meados de Julho!

Stay tuned my friends! 
Abraço

domingo, 8 de junho de 2014

Pecados Mortais - A Saída de Lucho

Todas as equipas (de todas as modalidades) necessitam de alguém que as lidere fora (treinadores) e dentro de campo. Costuma dizer-se que há jogadores que carregam consigo características de líderança e que conseguem ser a voz de comando dentro de campo, passando aos restantes colegas diferentes mensagens que o treinador, por vezes, não consegue passar. Temos, assim, diferentes tipos de líder que podem aparecer nas equipas, consoante as suas características pessoais e conforme o que exige o contexto. Temos líderes como Jorge Costa, João Pinto, Zanetti, Puyol, Roy Keane ou Gary Neville, que nunca deixam que a mentalidade da equipa esmoreça. Que berram aos ouvidos dos colegas, se necessário for, mas que são capazes de colocar o colectivo sempre à frente dos seus egos.  São os líderes "antes quebrar que torcer", muitas vezes medianos a nível técnico, mas com uma consciência colectiva acima de qualquer outro. Por outro lado, temos os que comandam a equipa na vertente mais tecnico-táctica do jogo. Falamos aqui de Pirlo, Giggs, Xavi ou Deco, que encarnam o tipo de jogador que percebe sempre aquilo de que a equipa necessita nos diferentes momentos do jogo. São jogadores com bons pés e uma inteligência táctica acima do normal, que gerem ritmos como ninguém.


Podemos considerar Lucho Gonzalez como um líder nas duas vertentes que abordei, embora com maior notoriedade na segunda. 

Lucho foi um jogador determinante em todas as épocas em que jogou pelo F.C.Porto, quer sob a mão de Jesualdo, quer com a orientação de Vítor Pereira. Não é por acaso que conquistou títulos em todas as épocas (excepto na que terminou há semanas). Lucho sempre foi o jogador que não sabia jogar mal. Ao lado de Meireles ou Anderson, Assunção ou Fernando e Moutinho ou Defour sempre foi o mais regular dos jogadores do F.C.Porto naquele meio-campo a três. 

Lento? Dizia Vitor Pereira: "Lucho é dos jogadores mais rápidos que temos. Não há ninguém que tenha a sua velocidade de raciocínio dentro de campo". Para os que vêem o jogo sempre à espera que haja golos de pontapé de bicicleta ou a 40 metros da baliza, talvez Lucho fosse um jogador banal. Mas bastava perder um bocadinho do jogo a focar somente a figura do nº 8 ou nº 3 para perceber melhor aquilo que trazia à equipa. 

Sendo assim, foi com enorme estranheza que vi a sua saída no decurso desta época. Um líder de balneário, capitão de equipa, que regressa à casa mãe mesmo que o contrato não seja tão "volumoso" como em Marselha, sai assim, a meio de uma época tão difícil? O Lucho? O mesmo que jogou mesmo sabendo da morte do pai, que tantas vezes jogou dimiuído fisicamente e que nunca virou a cara à luta?

Correram inúmeros boatos em relação a esta saída. Diz-se que foi devido à questão financeira; ouvi também que se deveu a problemas com PF. Não vou alimentar aqui especulações, mas custa-me crer que tenha sido "normal" a saída de El Comandante, ainda por cima no "timing" em que ocorreu e para o campeonato que foi. A verdade é que deixar sair com tanta ligeireza um jogador da importância colectiva de Lucho foi um enorme tiro no pé. É certo que passou metade da época a ser utilizado de forma incorrecta pela teimosia sobranceira de PF, e que isso o levou ao desgaste total num curto período de tempo, mas Lucho precisava e merecia ficar no Porto e terminar aqui a sua carreira. Precisávamos de Lucho quando tudo entrou num declínio absoluto. Luís Castro precisava de Lucho para o ajudar a "colar os cacos" deixados pelo reinado de PF. Precisávamos de Lucho no inferno de Sevilha e na miserável noite na Luz. Precisávamos de Lucho para pegar na batuta e, jogando na sua posição mais familiar, comandar o nosso jogo. Precisávamos de Lucho para colocar algum juízo nas criancices de Quaresma. Precisávamos de Lucho quando o tendão de Aquiles de Hélton cedeu. A equipa, o treinador e, sobretudo, os adeptos, precisavam de olhar para o campo e ver Lucho para poderem acreditar. Para termos um (UM ÚNICO!) jogador que realmente seja um ídolo intemporal; aquele cujo nome todos sonhamos ter nas costas das nossas camisolas azuis e brancas.

Que tremendo erro cometemos ao deixar fugir uma das nossas raridades: alguém que joga pelo colegas e pelos adeptos; alguém que sabe o que é "Ser Porto" ainda antes de saber respirar, e sem precisar de espetar isso nos Twitters e Facebooks só para "ver se cola".

Sonho que um dia Lucho possa voltar ao F.C.Porto pela porta grande, como o grande jogador e comandante que sempre foi. E o estádio, de pé, vai cantar "Lucho, Lucho, Lucho Gonzaleeeez!".


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Pecados Mortais - Paulo Fonseca

Novo dia. Novo pecado. E de hoje tem como nome: Paulo Fonseca. Não, não atribuímos a culpa da má época do Futebol Clube do Porto exclusivamente ao ex-treinador do Paços de Ferreira. Mas este teve de facto responsabilidades sérias no pesadelo vivido este ano.


Não faço julgamentos de carácter, pois não sou Juiz nem conheço o mister. E não tenho superioridade moral sobre ninguém (váá, talvez sobre 80% dos benfiquistas e sportinguistas) mas o seu discurso nunca foi o de um líder. Sempre me pareceu que procurou mais ser amigo dos jogadores do que alguém que os comandasse da forma correcta. Que os criticasse quando erram e que batesse as palminhas que tanto gostava quando estes mostrassem bom futebol, raça ou atitude para ganhar jogos. Não, não quero alguém como Jorge Jesus que faz a linha lateral a imitar um Orangotango enraivecido que caiu num alguidar de Red Bull à nascença. Mas (talvez fosse a inexperiência a falar) a abordagem do "amigo" não podia dar bom resultado... "Chicote numa mão, e biscoito na outra" tem de ser a regra.

Outra das suas responsabilidades foi não ter aproveitado muito do bom trabalho de Vítor Pereira da época anterior. A nível táctico falaremos noutro dia (o 4x2x3x1 neste Porto foi todo ele um pecado!) mas a teimosia perante coisas tão evidentes são reveladoras de pouca inteligência emocional e de alguma teimosia.

A utilização de Lucho numa posição que não lhe era familiar, obrigando um jogador com 32 anos que nunca foi de correrias a fazer maratonas para trás e para a frente no meio-campo portista. A insistência num meio-campo em 2x1 que prejudicava claramente uma equipa que jogava em 1x2 desde os tempos do Professor Jesualdo Ferreira (9 anos portanto), a recusa em admitir que o triângulo foi invertido na 2ª parte do jogo com o Braga, onde Carlos Eduardo entra ao intervalo e a equipa cresceu e muito a nível exibicional. A péssima gestão de recursos humanos com Quintero, Kelvin, Ghilas, Josué que ou entravam e saiam das convocatórias, ou eram utilizados fora de posição (Josué a extremo, alguém se lembra?) ou entravam em campo para jogar 5 minutos. O discurso de pré-jogo considerando sempre um "adversário complicado" fosse ele o Atlético de Madrid ou o Eintracht Frankfurt...


São demasiados factores juntos que demonstram a sua falta de preparação e incapacidade para ser treinador de um clube de topo.




quarta-feira, 4 de junho de 2014

Novos Equipamentos - Oficiais

E depois do temor inicial parece que o equipamento principal até é bastante engraçado. Simples e clássico. Assim é difícil errar.


Já o alternativo... Bem, espero pelos vossos comentários para encontrar a palavra certa para os qualificar.


Mas se significar levantar tudo o que é taça no final da época... Até podemos só jogar com o alternativo!

terça-feira, 3 de junho de 2014

O Discurso

Desde que me lembro de ver o F.C.Porto com olhos mais "adultos" que a comunicação do clube sempre foi gerida de forma sagaz, principalmente em alturas de grande contestação, quer no conteúdo, quer no timing das intervenções. Os treinadores, neste capítulo, quase nunca constituíram excepção. Era demasiado novo na altura de Carlos Alberto Silva, mas desde aí até então, tivemos treinadores práticos e directos nas análises (Oliveira e Adriaanse), serenos e conciliadores (Jesualdo, Fernando Santos e Robson), "arrogantes" - no bom sentido - e agressivos (Mourinho e Vitor Pereira), confiantes e motivadores (AVB). Octávio era (e continua a ser) um paranóico das conspirações enquanto que Fernandez e Couceiro eram, ainda assim, elegantes no uso do verbo, mas duvidavam demasiado das suas capacidades técnicas (que continuo sem perceber se tinham). Depois veio PF...

Foto retirada de site da UEFA.

Confesso que, por ter depositado esperanças no treinador desta época (acompanhei algumas das suas anteriores aventuras e admito que gostei do seu trabalho noutras equipas), me custou - a triplicar - o seu falhanço no decurso desta época. As razões técnico-tácticas serão abordadas noutros posts, mas a vertente do discurso de PF no decorrer dos 9 meses de trabalho, conseguiu entrar para o TOP dos piores treinadores que temos tido no nosso clube neste capítulo -  segundo dizem, só ao nível de Quinito.

Não tenho absolutamente nada contra um treinador que, no final de um jogo em que a equipa notoriamente esteve mal, tenta passar a mensagem de "Não foi assim tão mau, tivemos algum azar, continuamos a ser fortes...", desde que no balneário desfaça os cacifos aos murros e tente dar pontapés nas chuteiras, garrafas de água (tudo o que for possível pontapear) com o objectivo de acertar em alguém (desde que não seja o Mangala, porque pode correr mal...), um pouco à imagem do que fazia Sir Alex no United. Passar para fora a imagem de ter tudo controlado, mas passar uma mensagem interna diferente.

Não podemos ter um comandante que regue todo o seu discurso de "lugares comuns" como "Fomos Porto", "Temos de levantar a cabeça...", "Assumo as responsabilidades". Que se renda à inevitabilidade e diga que "Demos a primeira parte de avanço", ou "Não estivemos bem no capítulo defensivo" com a naturalidade com que no Porto se diz c*ralho. Que se escude no "azar" depois de perder pontos contra adversários patéticos. 

Grande parte do trabalho do treinador, é a construção da credibilidade. Recordo que um treinador bi-campeão no F.C.Porto, Vítor Pereira, saiu com um registo algo periclitante neste aspecto. Víamos que era um homem de convicções mas que nem sempre conseguia passar a mensagem da melhor forma. Jesualdo saiu com uma época fraquinha, mas construiu um muro de credibilidade que ninguém ousou atacar. Com todo este historial, PF falhou em toda a linha. Nunca sentimos convicção, realismo, atitude, capacidade de resposta que pudessem dar base a alguma credibilidade. 

Depois, quando o barco começou a afundar-se em definitivo, lá entrou para o anedotário nacional. Acabávamos de assinar a exibição mais nojenta, medrosa, medíocre, de que tenho memória no Estádio da Luz e o que diz PF? "Tenho uma confiança cega que vamos ser campeões". Ninguém, nem mesmo ele, acreditou que tal fosse possível, nem que metade das equipas de Benfica e Sporting fosse acometida por um vírus que os deixasse indisponíveis para o resto da época e o F.C.Porto fosse buscar Ronaldo, Messi e Ibrahimovic no mercado de Inverno.

Tudo culminou com aquele triste final de linha, com os jogos com o Frankfurt, e a rábula do "Borussia, Bayern e Leverkusen", que o colocou lado a lado com Jesus nas melhores gaffes desportivas dos últimos anos. 

Isto fragilizou ainda mais uma equipa que já era feita de pedaços de papel colados com saliva; fragilizou um clube que deu tiros nos pés consecutivos desde Maio do ano passado e os adeptos mais não puderam fazer a não ser esconder a cara entre as mãos e rezar pelo fim do martírio.

A entrada de LC trouxe algumas melhorias numa primeira fase, embora tudo se tenha desmoronado pouco tempo depois (com uma certa naturalidade...). Contudo, só a diferença de discurso que houve foi tão notória que até os jornalistas estranharam. LC entrou para a galeria de Couceiro e Fernandez e a sua serenidade, inteligência e educação foram uma lufada de ar fresco na "voz" do nosso clube.

Aguardo ansiosamente pela próxima época para ver que tipo de comunicador é Lopetegui. Desejo ardentemente que seja melhor do que PF. Quero ver respeito e educação. Quero ver capacidade de reacção. Quero ver confiança (não arrogância) nas palavras. Quero sentir que é possível dar a volta ao cenário mais negro só pelas palavras do comandante (tipo Mourinho contra Panathinaikos).

Quero ver e sentir credibilidade!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pecados Mortais - O 4x2x3x1

Conforme tínhamos dito a 18 de Maio (aqui) vamos iniciar a nossa lista sobre os 7 pecados mortais que na nossa opinião originaram esta época desastrosa.

Um dos problemas que quase todos os adeptos identificaram nesta temporada que terminou foi o uso do 4x2x3x1. Ao contrário do Z, do meu pai e de muitos portistas, eu era adepto do futebol de Vitor Pereira
(Não se zanguem já comigo!) e passo a explicar porquê. Era um futebol de posse e controlo do jogo. Era uma equipa sempre muito junta, com os sectores próximos, com uma agressividade fantástica no momento da perda de bola, que funcionava SEMPRE em bloco, que não concedia oportunidades ao adversários de se aproximarem da nossa baliza, tinha um plantel com (apenas) 12 ou 13 jogadores capazes e à qual faltava (aqui estaremos todos de acordo) alguma qualidade no último terço do terreno.

Não quero que pensem que este blogue é fã do Luís Freitas Lobo, mas há bitaites tácticos que têm de ser dados e que consideramos serem óbvios.


Desde o inicio da temporada, quando ainda estava tudo entusiasmado com a digressão à América do Sul, que falei com o Z e um amigo comum de ambos e disse que me preocupava muito a transição defensiva da nossa equipa. Se a nível atacante estávamos mais confiantes, mais objectivos, mais concretizadores, a nível defensivo quando perdíamos a bola era estranha a distância entre sectores e a manutenção da largura no momento de recuo para a defesa. Mas pensei cá para mim: "Caramba Vasco, estão na pré-época! E estão a jogar a não sei quantos metros acima do nível do mar! Devem estar com uma moca que nem pensam correctamente!"

Começava a época, e 15 minutos brutais frente ao Vitória eram suficientes para trazer mais uma Supertaça e mascarar algumas deficiências.

O Benfica ainda abalado por um final de época terrível começava a época de forma desastrosa e nós lá íamos cumprindo com a nossa parte. 5 pontos de vantagem e falava-se na hipótese de fim de linha para Jorge Jesus (como as coisas mudam rápido no futebol...) Mas os sintomas continuavam lá todos: Sectores sempre afastados provocado pelo excesso de jogadores em largura, a incapacidade de Fernando e Lucho compreenderem as suas funções neste novo desenho, reacção sempre pobre no momento da perda de bola com o recuo de jogadores para o sector defensivo ao invés da pressão lateral quando a equipa estava subida no terreno, condicionando assim o portador da bola e tapando as linhas de passe do adversário.

Havia confiança e as coisas até iam saindo. Pelo menos a nível nacional. Mas a Champions, onde dá algum jeito as equipas serem inteligentes e organizadas, punha a descoberto todas as imperfeições desta equipa de Paulo Fonseca. Aquela derrota com o Atlético no Dragão mostrava que esta era um Porto "anjinho" e sem estofo para aguentar a mínima adversidade. A época seguia e os primeiros tropeções surgiam. Estoril, Belenenses e Académica fora, Nacional em casa. A juntar a uma campanha na Champions completamente absurda (nomeadamente em casa). Eram sinais a mais que nos transmitiam insegurança e confirmavam vários sintomas. 

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Era uma equipa que partia facilmente, normalmente em dois (6x4 = Defesa + 2 pivots x Extremos + 10 + Avançado) onde os 4 da frente pareciam sempre com pouca disponibilidade para defender. As distracções defensivas, os erros no inicio da construção, principalmente dos centrais, originavam perdas de bola e resultaram muitas vezes em golos do adversário. Otamendi e Mangala pareciam agora jogadores banais ou verdadeiros "mancos". Culpa própria ou culpa do mister? Ambos. Culpa própria, porque às vezes aquele alívios à Maicon, onde a bola é agredida para voar 40 ou 50 metros no ar, são melhores do que tentar sempre sair a jogar. Culpa própria, porque a concentração e a determinação por vezes não parecia ser a mesma de épocas anteriores. Culpa do mister, que via neles qualidade para iniciarem o jogo da equipa não fazendo nenhum dos médios baixar para pegar no jogo (Se Otamendi fez muitas vezes esse papel com Vitor Pereira, com Mangala era sempre Moutinho que baixava e iniciava ali a construção). Culpa do Mister que procurava jogar sempre com a defesa subida, com os médios interiores (!) em linha, não havendo cobertura no meio-campo. Quantos golos sofremos em que o adversário recuperava a 2ª bola algures no meio-campo e em velocidade ultrapassava um Otamendi que nunca foi rápido e um Mangala que partia atrasado? Lembro-me facilmente do golo de Luis Leal na Amoreira e do golo de Rodrigo na Luz (em baixo, vemos a jogada completa. Dificuldade dos centrais pressionados em iniciar construção, ausência de linhas de passe, mau alivio, má reacção e mau posicionamento na perda... Golo)



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Fuck my life! E como este golo existiram tantos outros...

Também no ataque existiram graves problemas. Vimos muitas vezes Jackson Martinez a ser uma autêntica "ilha" num mar de defesas adversários, onde era facilmente anulado. Aliás, este Porto não "gostava" de construir pelo corredor central onde estão as balizas... O jogo ofensivo privilegiava (quase) sempre os corredores, com o lateral ou extremo a desmarcarem-se em profundidade e cruzamento para a área. As decisões (talvez o mais importante no futebol) quando a equipa se encontrava em posse e a iniciar o ataque eram por vezes, demasiadas vezes, más decisões. Uma equipa que no ano anterior jogava em posse e se sentia confortável como tal, via-se este ano com bola e era um "Ai Jesus", parecia que a "redondinha" queimava os pés dos nossos jogadores. A movimentação sem bola era quase nula e as linhas de passe não existiam. O que resultava numa constante agonia em nós, adeptos. Era uma equipa que defendia mal, que não se movimenta bem com ou sem bola e que era completamente inoperante do ponto de vista ofensivo.

Tendo em conta o ano anterior, podemos dizer que com Paulo Fonseca assistimos a "Tudo o que o 4x2x3x1 levou..."


PS: Não estamos aqui a criticar o 4x2x3x1 em si. Criticamos sim o modelo de jogo e as suas características.