quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pecados Mortais - "Somos Porto?" - Parte I

Pegando na frase exibida por uma das nossas claques no decorrer de um jogo da época transacta, exporei aqui alguns dos motivos que penso constituírem "pecado" no Porto actual. Abordarei jogadores, direcção e adeptos, sendo que dividirei o post por partes (gosto muito de todos vós para vos massacrar com um "testamento" em alturas de Mundial).


Jogadores - #SomosPorto?


De uma vez por todas, definam uma política forte de privacidade do clube e imponham um código de conduta às nossas "vedetas". Num clube que desde Pedroto sempre se regeu por balneários fortes e impenetráveis, as últimas temporadas têm sido pautadas por diversas situações que revelam brechas nessa solidez. Jogadores amuados a "mandar bocas" via facebook, twitter ou entrevistas a jornais dos seus países, outros que querem sair e não hesitam em dizê-lo com toda a cagança do Mundo, quando ainda têm 2 ou 3 anos de contrato para cumprir, jogadores/empresários a forçar renovações de contrato quando acabam de cumprir a época mais miserável de que nos recordamos, empresários/familiares de jogadores a questionar as escolhas dos treinadores, fotografias como a do último jogo da época (onde aparece o nosso balneário, coisa que nem na visita guiada ao Estádio é permitida), jogadores que saem do jogo amuados, riem-se, pontapeiam objectos e não são chamados à atenção, jogadores que, depois de cumprirem o jogo mais ridículo da época (Olhão) nem se dignam a ir cumprimentar, pedir desculpa (qualquer coisa!) aos adeptos que fizeram mais de 600 km para os apoiar... Tem sido um circo infindável que, não sendo a raíz de todos os problemas, é certamente um sintoma de que algo não anda bem por aquelas bandas. Talvez haja demasiada juventude no plantel, talvez haja poucas referências em campo e no balneário; talvez o jogador-tipo dos dias de hoje tenha sempre um ego muito superior às qualidades futebolísticas, porque isto agora é mais negócio do que paixão pelo jogo. Admito tudo, menos que ponham em causa o nosso clube. Já que os jogadores tantas vezes usam a desculpa do "profissionalismo" para justificar certas atitudes, coloco a questão: já imaginaram, nos vossos empregos, fazerem coisas semelhantes? Experimentem fazê-lo então... E digam-me se correu bem.
Mas pior do que tudo isto, foi a banalização do lema "Somos Porto". É bonito, cai bem, fica muito engraçado com os # atrás, nos twitters e facebooks, mas vale ZERO se não houver resposta à altura em campo. Ser Porto não se diz, não se escreve, sente-se. É-se. Eles não são Porto, provavelmente muitos nunca serão Porto. Mas têm de ter respeito por nós, adeptos, que daqui a 20, 30, 100 anos, continuaremos a Ser Porto. Que se comportem à Porto, que lutem à Porto, mas que não tenham a presunção de Ser Porto. Muito poucos (jogadores) se podem orgulhar de o ser.

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