quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Notas soltas

O que leva o Presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, Vitor Pereira, a entrar no centro de estágios do Benfica antes do treino da equipa principal (9h50) até, pelo menos, às 17h (hora do final do jogo do Benfica sub-19 na Youth League)? Se fosse ao contrário...


O "malandro" do Lopetegui continua a contratar portugueses para a próxima época. Depois de Sérgio Oliveira e Hernâni, chegou a vez da oficialização de André André. Confesso que gosto muito dele. Por conseguir ter raça e classe na mesma proporção. Com Ruben Neves a crescer cada vez mais, assim como a presença constante de Gonçalo nos treinos da equipa principal não devo ser o único a salivar pela nova época. Posso pedir já um guarda-redes bom, mister? Ou um elixir contra o envelhecimento para o Hélton?

Quintero é a grande desilusão da época. É um jogador que parece de mal com o mundo. Não tem aproveitado as oportunidades que lhe são dadas e numa altura em que podia aparecer devido à lesão de Óliver, dá toda a razão a Lopetegui para o ir deixando pelo banco. Contra o Sporting regressa Casemiro, e o trio só poderá ser Casemiro, Herrera (é bom que atines Héctor!) e Ruben Neves/Evandro. Gosto muito do brasileiro e dadas as dificuldades no jogo interior do Sporting (procura sempre atacar pelos corredores) acho que seria uma mais valia ter o ex-Estoril no 11. Tem a palavra Julen.

Quando até benfiquistas amigos vão pondo no seu facebook que já não conseguem festejar vitórias pelo que se tendo vindo a passar, estamos conversados. Mas se o Porto for sacar este campeonato... Era gajo para ir dançar todo nu para a maior rotunda de Lisboa. Eiiii calma malta, não estou a falar do João Gobern. Estou a falar da Rotunda do Marquês. Fica a promessa!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Boavista vs F.C.Porto


Foto retirada do site do F.C.Porto
Odeio o Boavista com cada centímetro de alma que me é permitido utilizar para odiar outro clube. Fui atleta dessa agremiação durante 8 anos e juro, juro mesmo, que se juntássemos as claques todas de Benfica e Sporting num mesmo espaço, não íamos conseguir reunir tamanha concentração de fanatismo "anti-Porto" e "anti-Pinto da Costa" como ali. Tudo bem que derby é derby, que é natural haver ódio de estimação entre clubes da mesma cidade, mas tal não se verifica neste caso: para a maioria dos portistas, o Boavista é um clubezito que anda por aí. Também ajudaria se eles lutassem, de forma consistente (historicamente falando, é claro) por títulos, coisa que aconteceu uma vez em 100 anos. E claro que o facto de no banco estar sentado aquele carniceiro sob forma de "coisa" disfarçado de pessoa, de seu nome Armando, não ajuda a aumentar o meu amor pelos axadrezados. Eles que, curiosamente, tanto respeito e admiração possuem por quem tentou destruí-los, e tanto ódio vomitam por quem lhes tem de dar a mão de tempos a tempos para que se mantenham vivos. Juro-vos que anseio ardentemente por nova descida de divisão, e que terminem a discutir títulos com o Folgosa... e que mesmo assim, percam! Mas não quero que acabem... Quero que os "panterinhas" tenham de passar pela humilhação de passar décadas numa divisão condizente com a sua grandeza e com o seu futebol.

Vamos ao jogo!

Será sempre complicado jogar contra equipinhas destas, fechadas em 30 metros de terreno, a acertar nas canelas de tudo o que mexe (com a conivência do homem do apito, como já vem sendo costume no decorrer desta época), e sem grandes preocupações em jogar futebol. Isto, aliado a uma espécie de tapete de lama, borracha e relva sintético-natural, de fazer corar os campos das divisões distritais da Guiné-Conacri, pode tornar-se na receita para um potencial desastre.
Tal não aconteceu, muito graças à paciência com que o F.C.Porto abordou o jogo, mas tambem muito devido à entrada em campo de Brahimi e , principalmente, Tello, para o lugar dum esforçado mas inconsequente Hernâni, e dum Quintero absolutamente patético.
Valeu pela vontade férrea dos nossos rapazes em trazer dali os 3 pontos, conseguindo assim recolocar a diferença para o 3º classificado. Sim, leram bem, o 3º. Porque já há algumas jornadas que deu para perceber que, dê por onde der, o máximo a que poderemos almejar será o 2º lugar.

(+) Positivo

Quaresma - Facilmente se constata que muitas das características de Quaresma nunca vão mudar. Como quando roubou aquela bola, e decidiu partir para o remate numa situação de superioridade numérica, de 3x2. Mas nota-se um Quaresma diferente nesta altura da época. Um Quaresma que defende, que corre, pressiona, rouba bolas, joga um pouco mais simples, combina com qualquer dos laterais. Um Quaresma que não perde 100% do tempo a tentar fintas e fintinhas que raramente dão certo. E, acima de tudo, um Quaresma melhor fisicamente, mais cumpridor tacticamente. Um Quaresma mais consistente. E assim, vale a pena tê-lo em campo.

Marcano e Maicon - Facto: desde que os dois assumiram a titularidade, temos sofrido muito pouco, temos tido muito menos sobressaltos, e a nossa saída de bola (não sendo perfeita, nem sequer perto disso), ganhou segurança. Destaco Marcano, visto com a desconfiança do costume pelos "anti" que por aí pululam, fosse pela idade ou por ser espanhol, que tem vindo a revelar-se uma óptima surpresa. Como central, tem feito tudo aquilo que se pode pedir. Bom posicionamento, fortíssimo no jogo aéreo e muito seguro com os pés. Quanto a Maicon (bater três vezes na madeira), parece ter deixado de parte as suas paragens cerebrais.

Jackson - "Mais uma exibição monstruosa do colombiano. É um prazer ver Jackson a jogar. Tanta qualidade. Quando não aparecia ninguém no meio/entre linhas para receber os passes, lá vinha o colombiano dominando a "redondinha" enquanto levava lenha do Samuel e companhia. É o saco de porrada de todas as equipas adversárias. E consegue sempre manter aquele ar calmo e relaxado com o seu "queixo em fora de jogo". Quem diria depois de uma época em que parecia não ter a cabeça aqui. Grande capitão!" - foi o que o v.a.s.c.o. escreveu no jogo de Basileia, e penso que se adapta ao jogo de ontem, e à grande maioria dos jogos desta época. Mais um golo, mais um jogo de combate. Muito bem!

Tello - Meia hora de qualidade do mal amado espanhol. Mais duas assistências para golo e, mais do que isso, a capacidade de "mexer" com o jogo. Tem defeitos? Muitos, ou emtão não teria saído de Barcelona para cá (mesmo que por empréstimo). Mas pode pedir-se muito mais?

Brahimi - O argelino veio "apagado" da CAN, e isso ficou bem provado em Basileia. Daí que tenha entendido que começasse no banco ontem. Mas a sua entrada para uma zona mais central foi fundamental para a vitória. E aquele golo é duma classe...

As alternativas - O facto de se ter dado minutos de jogo a diferentes jogadores em diferentes alturas da época, está a revelar-se agora de extrema importância. É certo que o jogo não foi brilhante, mas tal em nada se deveu a Ángel, Ricardo ou Rúben. Não caíram no 11 de "para-quedas". Têm minutos nas pernas, em jogos a "doer", e isso faz toda a diferença. O mesmo serve para Quintero, Evandro, Aboubakar e por aí fora. Saem 4 titulares indiscutiveis e o modelo do nosso jogo não se altera.

Lopetegui - De novo com "dedo" nos golos que nos deram a vitória. Gosto da forma como Lopetegui está "ligado" ao jogo a partir do banco, mas também da forma como percebe aquilo que o jogo pede. E se a nossa forma de jogar é em posse, devemos "morrer" agarrados à nossa identidade, por isso nada de "bombear" para a área adversária, à espera que um qualquer Maxi bloqueie um defesa, e que um Jonas domine com a mão e que um Jardel despeje um "chouriço" lá para dentro. Isso resultará 1 em cada 20 vezes. Nas outras, é preciso jogar como se sabe e como se treina. De novo, magistral na conferência de imprensa. No ano passado, Paulo Fonseca sempre foi "querido" pela CS, porque era "mansinho", porque foi incompetente e porque nos fragilizou. É sempre bom sinal ler e ouvir críticas a um nosso treinador por parte duma muito ofendida CS. Principalmente havendo um atrasado mental á solta nos bancos desse país como JJ. Se bem se recordam, também Mourinho só deixou de ser "arrogante" depois de sair do FCP.
  

(-) Negativo 

Quintero - Pa-té-ti-co! Gostava de ouvir todos os experts de futebol, que tanto criticam, criticaram e criticarão qualquer treinador que passe pelo Porto e que não coloque a jogar Quintero, explicar como é possível jogar tão pouco sempre que surge a oportunidade. Ou é porque está amuado, ou porque está frio, ou porque o terreno está em mau estado, ou porque os outros dão muita cacetada... Foda-se Quintero! Joga à bola mas é, caralho!

Herrera - O mexicano voltou à sua versão "jogador de distrital" a uma velocidade estonteante. Incapaz e incompetente em tantos, tantos, tantos momentos do jogo, que chega a doer. Sabendo que vai jogar, fica a questão: que Herrera teremos contra o Sporting?

Falhar golos cantados - Uma característica muito própria do nosso Porto, que em jogos de poucas oportunidades de golo já nos custou caro, e que poderá custar-nos caro mais para a frente. Hoje foi Jackson a falhar de forma inacreditável um 1xGR, na primeira e melhor oportunidade do jogo durante a 1ª parte. Pode ser pedir muito, mas a realidade é que temos mesmo de ser mais eficazes!

Critérios e coerências - Decorria a 2ª parte do jogo, quando Jackson elevou a perna mais do que devia e, escusadamente, acertou de sola na coxa dum boavisteiro. Devia ter visto amarelo, no mínimo, mas confesso que já vi vermelhos serem dados por bem menos. A questão é que nessa altura, já 3 axadrezados deveriam estar de banho tomado, desde a 1ª parte. E um desses jogadores, por acaso até foi o que esteve na jogada com Jackson. Ora, o Sr. Árbitro demonstrou coerência, porque ajuizou todos os lances da mesma forma, ainda que erradamente. Ao intervalo, repito, deveríamos estar a jogar contra 8 ou 9. E tudo isto ganha contornos de ridículo se pensarmos que praticamente todas as "cargas de ombro" feitas por jogadores nossos, foram transformadas em falta; várias dessas faltas, pertíssimo da nossa área, ou a cortar jogadas potencialmente perigosas. E depois há "o" penalty. Não sei se sabem, mas um dos tripulantes da Apollo 8 ligou cá para baixo a dizer que, da nave, se tinha visto aquele escândalo. Depois disseram-lhe que foi um jogador do Porto e que o jogo não era da Champions e ele pediu desculpa de imediato. Os tais... critérios!


A única resposta possível para quem passa tanto tempo com a cabeça enfiado dentro do próprio cú. E acreditem, felizmente, não e só Moniz a merecer essa resposta.

Já agora, porque conheço a pessoa em questão, um miminho do grande André Simões:







sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Basileia vs Porto

No regresso às noites europeias o Porto empatou em Basileia a uma bola. Resultado que nos deixa em vantagem (golo fora) para a segunda mão no Dragão. Exibição de gala dos comandados de Lopetegui. Uma superioridade tão grande que até nos valeu elogios do adversário, tanto de Paulo Sousa como Frei.

A primeira-parte é facilmente resumida. O Basileia fez um/dois ataques e um remate à baliza e marcou contra a corrente do jogo. Um golo em que a culpa estará algures entre Alex Sandro e Fabiano, mas para mim a fatia maior de responsabilidade será de Fabiano e o seu "síndrome de equipa pequena". Um guarda-redes do Porto não pode ter medo de sair da pequena área ou de fazer "manchas" de risco. Lembram-se do Baía? Enfim. Um golo sofrido na primeira parte da primeira-mão dos Oitavos de final da Champions sem que nada o indicasse. Apesar da equipa acusar o golo durante alguns minutos e/ou andarmos um bocadinho perdidos (muito por causa das hesitações no capitulo do passe/recepção) a partida continuou de sentido único. Walter Samuel, jogador que sempre foi leal (sim, é sarcasmo) consegue cometer um penalty tão óbvio sobre o Jackson que o filho de uma cabra manca, obesa e bastarda do Mark Clattenburg deve ter achado que era dança contemporânea e mandou seguir. Perante vários contratempos seria fácil lamentar-nos da sorte e chorar no fim. Mas não é dessa fibra que Lopetegui é feito. E isso viu-se na equipa. Final da primeira parte chegava com o Porto a ser tãããão melhor que o Basileia. Brahimi muito apagado e com algumas asneiras no passe e Casemiro algo desastrado no capitulo do passe.

A segunda-parte começava e... GOLO!!! "Não estava a brincar pa! Sorry guys, we're pranksters! You should see your faces!" dizia a equipa de arbitragem. Depois de quase 1 minuto depois da bola ter entrado, de se ter feito a festa, da bola voltar ao meio-campo alguém se lembrou (diz-se que foi o quarto árbitro através da TV) de dizer que o golo era irregular. Até admito que sim, apesar de não achar que os jogadores em causa condicionassem a acção do guarda redes. Mas esperar TANTO tempo para tomar uma decisão destas? Na Liga dos Campeões? Enfim. O Basileia ao melhor estilo de José Mourinho, estacionava o autocarro ali em cima da grande área e nós continuávamos a controlar a partida. Sempre com personalidade, sempre com bola, sempre no chão. Sempre melhores. O inolvidável Walter Samuel dava uma mãozinha (literalmente) ao Porto e Danilo, de penalty, volta a equilibrar o marcador. Um golo fora numa eliminatória de Champions vale por 2. Até ao final foi mais do mesmo. Controlo total nosso, Basileia a ver jogar. Terminou empatado e nós trazemos boas perspectivas de continuação na prova. Mas estes suíços são ratos, e só precisaram de fazer um, um único rematezinho à baliza para marcar um golo. Incrível a sua agressividade. Fizeram o Vitória de Guimarães parecer um bando de meninos do coro.

(+) Positivo

Danilo - Jogaço do camisola nº 2. Ninguém discute agora o seu valor. Ninguém põe em causa a sua dedicação e raça pelo clube. Numa altura em que o adeus parece certo, toca a saborear estes últimos meses de um dos melhores laterais direitos que o nosso clube já teve.

Chegar a casa dos outros e mandar - Pode parecer falta de educação mas é um atestado de competência a Lopetegui. É por isso que tenho confiança no Basco e na sua visão para o clube. Há coisas a melhorar no nosso futebol? Há. Mas tendo em conta a revolução operada é notável a época que estamos a fazer e quase tão importante, a qualidade e personalidade que o nosso jogo tem. Não está ao alcance de muitos...

Jackson - Mais uma exibição monstruosa do colombiano. É um prazer ver Jackson a jogar. Tanta qualidade. Quando não aparecia ninguém no meio/entre linhas para receber os passes, lá vinha o colombiano dominando a "redondinha" enquanto levava lenha do Samuel e companhia. É o saco de porrada de todas as equipas adversárias. E consegue sempre manter aquele ar calmo e relaxado com o seu "queixo em fora de jogo". Quem diria depois de uma época em que parecia não ter a cabeça aqui. Grande capitão!

A conferência de Lopetegui - Incomodado com perguntas que só procuravam denegrir a exibição e em retirar mérito à equipa, reagiu. Disse o espanhol: "Dei quatro entrevistas antes de vir aqui e os únicos que não destacaram a boa exibição do FC Porto, que rematou quinze vezes à baliza, contra uma equipa que marcou num único remate que fez, foram os jornalistas que falam português". Quem não sente...
  

(-) Negativo 

O lance do golo sofrido - O Z cascou no Alex Sandro. Eu atribuo maior culpa a Fabiano. Um guarda redes de equipa grande não pode ter receio de sair da PEQUENA ÁREA caral#@!!!!

Brahimi - Muito mal hoje. Com alguns passes errados e perdas de bola que poderiam ter sido arrasadoras para o Porto. Acredito que ainda esteja à procura da melhor forma depois da CAN mas é bom que a encontre depressa porque a equipa precisa da magia dele.

Falhar golos na Champions - Lances como aquele do Jackson em que tenta picar por cima do guarda redes não podem ser falhado a este nível. Contra equipas que se limitam a defender, quando há hipótese de marcar temos de... marcar. No way around it.

Árbitros ingleses na Champions - Se bem se lembram o "queridinho" da UEFA, Howard Webb, teve algumas arbitragens vergonhosas contra nós (no Vicente Calderon e em casa com o Zenit). Mark Clattenburg é a herança deixada. Exibição quase ao nível de um Bruno Paixão. Critério ridículo de amarelos e faltas assinaladas. Complacente com a o Wrestling da equipa do Basileia. E não assinalar 2 (sim, foram os dois na primeira parte) penaltys na "nata" do futebol é um bocado demais...

A lesão de Óliver - Não é uma tragédia mas quase. Sem ele a equipa perde mesmo muito... O jogador mais parecido será talvez Evandro e depois Rúben Neves. Espero que Quintero continue no banco porque não tem a qualidade que o ex-Estoril. É a minha opinião e posso fundamentá-la se quiserem...



Entretanto, o "wishful thinking" continua...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Porto vs Vitória de Guimarães, Bernardino Barros, Basileia

Sim, eu sei que já vamos atrasados mas nos últimos dias não foi possível vir ao computador. Notas do jogo em modo "expresso" e outras notas soltas.
Num jogo que prometia ser mais complicado do que foi realmente, mais uma vitória. Vitória de Guimarães apareceu com a secção de UFC para um jogo de futebol e por sorte não houve gente de baixa para Basileia. Uma primeira-parte de grandíssimo nível, diria até ao melhor nível desta época, que não se traduziu em número de golos. Brahimi fez o 1-0 depois de um passe absolutamente galáctico de Oliver. A forma como espera, roda e dá no argelino só está ao nível dos grandes jogadores. Na segunda-parte o Porto entrou algo adormecido e perdeu o controlo "total" do jogo. Passou a ser apenas parcial. Lopetegui viu isso e resolveu a questão metendo Ruben Neves ao lado de Casemiro e pôs"o cadeado" na porta de casa. Tremeliques resolvidos e voltámos a controlar até ao final da partida. Podia ter sido uma goleada mas por falta de pontaria e sorte o marcador acabou por ficar "preso" no 1-0.

Positivo do jogo - Jackson em mais uma grande exibição. Óliver, tão bom jogador que faz confusão como ainda tem 18 aninhos. Por amor de Deus façamos uma "vaquinha" para pagar a clausula. A qualidade de jogo na primeira parte. 

Negativo do jogo - Guimarães a dar pau o jogo inteiro. O avançado, Alvez, que deu lenha em tudo o que era malta nossa no corredor central. O critério ridículo de amarelos adoptado pelo árbitro da partida. A "não" expulsão de Cafu na entrada a Casemiro. Tudo demasiadamente ridículo


Enorme intervenção do maior defensor do Clube neste momento - Bernardino Barros. Obrigatória a sua visualização. 



Muita fé amanhã para Basileia. Não vai ser fácil. Esqueçam isso. Esta malta bateu-se muito bem com Real e Liverpool. Marcar é prioritário. Mas confio nesta malta para me trazerem um sorriso lá pelas 21h30. 


Youth Champions League - Estamos nos Quartos-de-final depois de eliminar o Real Madrid no penaltis. Raul Gudiño começa a ganhar uma aura de "grande futuro". Grandes defesas em TODOS os jogos. Toca a comprá-lo também! 


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O Mundo ao Contrário



Durante a última semana, houve eventos relacionados com o desporto que é Rei neste nosso espaço de tertúlia, que talvez requeiram uma análise mais profunda.

Nas meias finais da CAN, num jogo que opunha a equipa da casa, Guiné Equatorial, à selecção do Gana, o jogo "morreu" aos 82 minutos, pouco depois do 3-0 para os forasteiros. Se já ao intervalo, com 2-0 no marcador, o jogo demorou a ser reatado devido a problemas de segurança, tendo a equipa do Gana demorado a entrar em campo devido ao aremesso em massa de objectos na sua direccção, no final do jogo instalou-se um cenário digno duma qualquer Guerra. Adeptos do Gana a fugir para dentro do terreno de jogo, para se tentarem proteger da fúria dos locais, helicópteros a sobrevoar as bancadas para tentar conter essa mesma fúria, a debandada geral do público presente no Estádio, um caos absurdo entre elementos da organização e das duas selecções, jogadores perdidos em campo a olhar incrédulos para as bancadas... Enfim, um cenário dantesco num momento que merecia celebração, cor, música e desportivismo.

Mais a Norte, no Egipto, chorou-se a morte de dezenas de adeptos da novíssima equipa de Jesualdo Ferreira, que tentaram entrar à força num Estádio de Futebol, que desde 2012 tem os seus jogos feitos praticamente à porta fechada, devido a tragédia de Port-Said, ao que tudo indica motivada pela turbulência social e política vivida na região. Dezenas de pessoas esmagadas na tentativa de entrar à força num Estádio, mais outras dezenas de civis e polícias feridos em confrontos, em mais uma negra estatística a assolar o futebol, o desporto e o Egipto.

Por cá, o habitual folclore de cada vez que há um derby/clássico mais quente. Adeptos a ser conduzidos ao Estádio como se de gado se tratasse. Arremesso de petardos e tochas duma bancada para a outra. Um adepto ferido por cair num "poço" que ninguém no seu perfeito juízo entende para que serve. 

E um "corte de relações institucionais", que é como quem diz, uma tentativa de associações desportivas tentarem armar-se em importantes e brincar à política. Ridículo!

Violência, intolerência, estupidez, um pouco por todo o lado.

Compreendo e defendo que a rivalidade faça parte do desporto, e acabe por lhe trazer um cariz mais emotivo e especial. Nada dói mais do que perder com o rival (especialmente em casa), seja um jogo, uma Taça, ou um Campeonato. Mas teremos de perceber duma vez por todas que, do outro lado, há adeptos como nós, "doentes" pelo seu clube como somos pelo nosso, capazes de ver penalties claros onde nós vemos o oposto (e vice-versa), capazes de afirmar peremptoriamente que o "seu" é indubitavelmente o "melhor clube do Mundo". E que, perdoem-me o clichê, ganhar, perder, empatar é mesmo só "Desporto". 

Reparem, toda a minha família é Portista, mas vivo com uma Benfiquista, cuja família é também toda do Benfica. E se escrevo com "P" e "B" maiúsculos é porque como apaixonados pelos seus clubes, estes são Adeptos de Verdade. Conto-vos uma história curiosa: quando o Porto ganhou ao Benfica por 5-0, enquanto grande parte dos adeptos dum lado massacrava os outros na tentativa de humilhar um bocadito mais, a primeira chamada telefónica que recebi foi do meu "Sogro". E o que ele me disse foi tão simples como: "Meu caro, que banho de bola. Parabéns! Isto hoje foi sem espinhas!". Desarmante!

Para tragédias, intolerência, violência, basta olharmos para o nosso Mundo actual, para percebermos que estamos já nos limites do razoável.

É Desporto, só e apenas isso. Ganha-se, perde-se, empata-se, e a Vida continua. Que bom seria se todos percebessem isso...


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O que fica deste fim-de-semana

Que miséria de jogo foi o derby Sporting-Benfica. As oportunidades de golo foram inexistentes, o anti-jogo do Benfica constante e a sorte do costume com a obtenção de (mais) um golo cheio de ressaltos. Será que aquela malta treina a sorte nos ressaltos? Ou têm todos aquelas pulseiras Power Balance para obter mais equilíbrio nas bolas divididas? Enfim. Também me fez alguma confusão toda aquela festa no final do jogo. Mas, cada um sabe de si...

Depois da derrota na Madeira, muitos já davam o campeonato como terminado. O Correio da Manhã, esse órgão de comunicação social de referência que se baseia acima de tudo na isenção, até já nos punha 9 pontos atrás do Benfica (aqui). O whishful thinking correu mal e passadas duas jornadas estamos a 4 pontos. Faltam 14 jornadas. Ainda há quem não acredite que podemos ganhar esta treta? 

As próximas quatro jornadas vão ser, para mim, as mais importantes da época. Será aqui que o nosso campeonato se vai começar a definir. Ora vejamos:

Vitória de Guimarães (Casa) 
Boavista (fora)
Sporting (Casa)
Braga (fora) 

Sim, há Champions pelo meio. Mas depois disto, os jogos mais difíceis até ao final do Campeonato serão as idas à Choupana e à Luz. Isto claro, contando com a máxima de que em casa mandamos nós. 

Já é tempo de deixar a conversa da "rotatividade", dos "espanhóis", dos "emprestados", deste "plantel caríssimo", da "posse de bola" e caminhar-nos TODOS - plantel, equipa técnica, direcção e adeptos, claro - unidos até Maio para mais uma viagem até aos Aliados. Não acham que valerá a pena?

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Moreirense x Porto

Jogo no sempre difícil campo de Moreira de Cónegos e em véspera dum derby Lisboeta que se correr para o nosso lado, pode irá pôr o Benfica sobre brasas. Estando obrigados a ganhar todos os jogos até ao final do campeonato (e esperar que o SLB vá largando pontos), Lopetegui repetia o onze deixando os "titulares" Indi e Brahimi no banco. Moreirense bem organizado (tem pinta o mister Miguel Leal).

Uma primeira parte bem definida pelo Z ao intervalo por "meh". Um relvado em mau estado acabou por obrigar Cardozo e André Marques a sair lesionados. Porto controlador mas pouco incisivo. Acabou por chegar à vantagem através de who else but Jackson Martinez. Herrera descobre Jackson e o colombiano num remate forte, ainda que batendo num defesa, acaba por fazer o 1-0. Até ao intervalo foi um bocejo geral, apesar do Moreirense sempre que tinha bola (e espaço) criava perigo.
A segunda-parte iniciava-se nos mesmos moldes da primeira. Porto controlava, Moreirense aguentava. Casemiro fez o 2-0 aos 58' depois de um bom cruzamento de Herrera novamente. Tello ainda teve 2 excelentes oportunidades mas não conseguiu repetir o golo da jornada anterior. Fabiano ao contrário da primeira-parte (onde tem uma defesa ridícula a um remate fácil) foi decisivo ao aguentar o 2-0 algures pelos 60 minutos. Com uma saída à Helton, impede o remate de José Pedro. Se Moreirense marcava ali... Até ao fim controlo absoluto do Porto com algumas situações de contra ataque que sempre soubemos resolver da melhor forma. E houve ainda tempo para os regressos de Brahimi e Aboubakar. Vitória incontestável. 3 pontos e vamos desejar que o derby traga boas noticias.

(+) Positivo

Jackson - Fez o golo 5000 da história do clube. Marcar simbólica de um avançado que nunca foi completamente consensual entre os adeptos mas... É um avançado completo. Quando faz aqueles movimentos fora da área de costas para a baliza. aguenta cargas, segura, temporiza e a dá a bola aos companheiros... Meu Deus. É um animal físico, um animal técnico, um animal finalizador. Jogaço.   

Marcano - O espanhol é sinónimo de segurança. A leveza com que limpou tudo pelo ar ou pelo chão foi incrível. Muito mais consistente e seguro que Maicon esta época. Não complica passes, não complica alívios e parece sempre muito concentrado durante o jogo. Titularíssimo para mim. 

Casemiro - Jogaço! Tanto eu como o Z temos deixado o brasileiro com as orelhas quentes nos pós jogo desta época. Mas ontem Casemiro apareceu em todo o lado a recuperar bolas. E as dobras? Ui! Um bom jogo do brasileiro a dar muita consistência ao meio campo defensivo.

O lado bom de Herrera - Se se abrisse o crânio de Héctor, iamos ver que existem 2 chips. O bom e o mau. O chip bom faz com que Herrera descubra Jackson em lances como o primeiro golo, meta a bola pronta para Casemiro encostar no 2-0 ou que apareça sempre junto das alas a oferecer soluções de passe. O chip mau... é tratado mais abaixo. Herrera foi determinante mesmo no meio de algumas cagadas.

(-) Negativo

O lado mau de Herrera - "As diarreias mentais de Héctor" daria uma boa tese de futebol. Provavelmente um dia teremos de arranjar uma categoria "mais ou menos" para o Mexicano. Aquele seu jeito atabalhoado quando sem bola em transição defensiva em que parece não fazer ideia de onde se deve posicionar, é angustiante. Depois de uma falta parva de Quaresma, quando a equipa saia para o ataque, o Mexicano decide colocar o braço esquerdo para receber a bola numa zona perigosa relativamente perto da área portista. What the fuck Héctor?!

Os passes longos/mudanças de flanco - Passes de 30/40 metros de um lado ao outro do campo. São bonitos de se ver quando são bem executados e podem apanhar o adversário descompensado. Mas quando há Maicon e Herrera como executantes é desesperante ver a quantidade de bolas perdidas dessa forma. Até quando vamos insistir nisto? 

Xistra a ser Xistra - Horrível durante os 90 minutos. Um penalty por marcar sobre Maicon na primeira-parte. Faltas ridículas assinaladas aos jogadores do Porto onde o mínimo toque, mesmo que no mindinho, eram motivo para apitar. E ainda conseguiu uma coisa fantástica que foi travar um ataque portista ao deitar Óliver ao chão... 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Chegámos ao séc. XXI

Chegámos às redes Sociais! É verdade... A página de Facebook foi criada em Julho do ano passado mas só hoje cortámos a fita cerimonial. A de Twitter nasceu hoje. Vai ser lá que vamos colocar um pouco de tudo. Recuperar a rubrica "Tweetolandia" no Twitter durante os jogos e no Facebook partilhar de tudo um pouco. Temas obviamente relacionados com o Porto, futebol nacional e internacional, links interessantes ou simplesmente coisas parvas que não queremos guardar só para nós. 


E quando quiserem passar por lá é só clicar ali em cima do lado direito!

Já lá têm parvoíce. Enjoy!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Uma Entrevista D'Ouro

Nunca escondi que, dentro deste maravilhoso Mundo que é a Bluegosfera, há autores que admiro já há algum tempo. Se o caso do Jorge Vassalo é um pouco mais recente (porque recente é o seu Porto Universal, embora enorme seja a admiração que por ele nutro), outros espaços há que já sigo há mais tempo e que em muito contribuíram para a minha ânsia de, em conjunto com o meu grande amigo v.a.s.c.o. (outro fã incondicional da Bluegosfera, em "terras inimigas") criar um espaço de tertúlia. Os casos do Porta 19Dragão Até À Morte e do Tomo II são os exemplos mais claros, e foi através deles que comecei a descobrir as diferentes e soberbas camadas que constituem este mundo azul e branco. 

Foi através dos dois primeiros, que rapidamente descobri o terceiro. E esse espaço é do Miguel Lima, com quem tive oportunidade de partilhar um belíssimo repasto preparado pelos incansáveis amigos do Bibó Porto Carago, juntamente com o Jorge Vassalo e o José Correia, do Reflexão Portista

Esse jantar, mais não foi do que a oficialização duma amizade que se tem vindo a construir neste mundo cibernético, através da partilha sempre respeitosa de opiniões, motivada pelos distintos "bitaites" que cada um vai "mandando" no seu "tasco". 

A argúcia e inteligência na escolha das palavras, dos títulos, das expressões, ou a fina ironia com que alguns assuntos mais quentes são abordados são a imagem de marca do Tomo II, e aquilo que mais me faz admirar os textos do Miguel. É para mim, portanto, um blog de referência.

O Miguel, aqui para nós no Blue Overlap , tal como o Jorge Vassalo, é um "cliente da casa". São as primeiras pessoas em quem pensamos quando passamos por alturas como esta "seca" de artigos mais recente, porque nos custa não poder com eles partilhar o dia a dia azul e branco. O Miguel foi o primeiríssimo elemento que começámos a descortinar de forma frequente nas caixas de comentários, e tem sido companhia regular neste ano de existência (que comemoramos neste mês de Fevereiro). 

Foi então, com um misto de excitação e incredulidade que recebi o contacto do Miguel, ainda durante o mês de Dezembro, com um adoçicado convite para participar na sua Rubrica "Dragões de Ouro".
Conhecedor que sou do seu espaço, e sabendo a qualidade e importância dos anteriores entrevistados, foi uma surpresa maravilhosa e um orgulho desmesurado ter tido a oportunidade de  responder a 20 perguntas com muito "sumo".

Para quem tiver curiosidade em espreitar a minha participação na rubrica, deixo aqui a ligação.

Ao Miguel, não me canso de o repetir, só posso agradecer a simpatia e paciência para editar taaanto texto (a culpa foi tua Miguel), e reiterar a infindável honra que senti e sinto por figurar em tão ilustre lista de "Dragões De Ouro".  

Como me considero uma pessoa de bem, não posso deixar de partilhar com quem nos segue outros dois espaços de tertúlia que não passo sem visitar. O Portista a Cem Por Cento da caríssima Ana Andrade, e o brilhante Tribunal do Dragão são espaços de igual qualidade e, para mim, de visita obrigatória.

Abraços portistas para todos os que fazem parte deste texto!

De volta aos "palcos"!

Muito tempo passou desde o ultimo texto. Desde que criámos o blog, estabelecemos um pacto acerca da forma como iríamos abordar esta aventura: sempre numa perspectiva de uma saudável e responsável diversão. Acima de tudo, o nosso objectivo sempre passou por termos um espaço para falar de futebol, do nosso Porto, sem agendas, sem datas, sem obrigações, apenas pelo prazer de publicar muito do que partilhamos no nosso dia-a-dia quando falamos sobre o Porto.

Pois bem, ultimamente (sobretudo por razões profissionais), acompanhar sequer os jogos tem sido absolutamente impossível, e se há coisa que ambos abominamos são textos de opinião escritos em cima do joelho. E então, fomos aguardando pacientemente pela próxima oportunidade. Ei-la aqui, finalmente, nesta gelada primeira semana de Fevereiro.

Desde o jogo em Penafiel que não aparecemos e neste tempo muita coisa se passou no Universo Azul e Branco.


Vimos um Braga x Porto que foi tudo menos um jogo de futebol arruinado por um Machado que só cortava para um lado... Vimos um Porto de luta, de raça, de guerra como há muito não se via por aqueles lados. Vimos Marcano e José Angel a parecerem da cantera desde meninos, vimos Ruben Neves a coxear mas a dar tudo naqueles minutos finais, vimos Reyes a desperdiçar (mais) uma oportunidade, vimos Tello mostrar que garra e capacidade de luta não é com ele. E claro, vimos o regresso do melhor guarda redes do plantel. O nosso Hélton defendeu tudo e mais alguma coisa e provou que se calhar mesmo velhinho ainda tem muito para nos dar. Vimos uma massa adepta que não se calou um minuto e apoiou aqueles 9 homens em campo sem qualquer feeling de hesitação, Um sentimento de revolta generalizado e de bater o pé. Todos voltámos a ser um. A direcção acordou e falou! Quando a primeira volta do campeonato termina, alguém sem ser o treinador fala sobre a arbitragem. No jogo em Braga a intenção foi demasiado clara para ser ignorada. Não é só incompetência, é algo mais. Não é suposição, é acusação clara da nossa parte.


Todo o heroísmo justamente conquistado na vergonhosa noite de Braga só faria sentido se fosse capitalizada na Madeira. Lopetegui percebeu a deixa e passou uma mensagem de confiança, de crença inabalável na força e engenho das suas tropas. Mas não foi nada disto que aconteceu... Sejamos honestos - analisando o jogo de forma global, acho ridículo que se diga que o Marítimo fez mais pela vitória. Ridículo. Insultuoso. Desonesto. 
Foi, contudo, de uma eficácia monstruosa (daquelas eficácias que tantas vezes só acontecem em jogos contra o F.C.Porto) e soube defender com alguma astúcia o nosso futebol demasiado previsível e lateralizado. Perdoem-nos a insistência, mas é por demais óbvio que a paixão pelo jogo quase em exclusivo pelas alas deixa esta equipa a anos-luz do que pode fazer. O que é uma pena... 

Ainda assim, com mais alguma eficácia (e alguma sorte, como aquela que teve o Galo, que decerto não volta a marcar um golo assim na sua carreira), poderíamos ter saído dali com mais alguma coisa. Obviamente que não faltou pela Bluegosfera quem vaticinasse o fim. O adeus, O c'est fini. The end. Kaput. Bom... Aquele tipo de adeptos cujos PC's tão rapidamente se ligam ao Universo Bluegosférico nos momentos de derrota, ansiosos pelo orgasmo cibernético de poder escrever "I told you so..." pelas caixas de comentários dos pacientes e brilhantes bloggers dos quais não abdicamos de seguir. "Nem tanto ao mar, nem tanto à Terra...", dizemos nós. Não somos bestiais porque aguentámos o escândalo de Braga, para passar a ser medíocres na derrota seguinte. Pelo menos para nós, v.a.s.c.o. e Z, portistas-não-aburguesados-nem-com-problemas-com-treinadores-ou-jogadores-espanhóis.
Não aconteceu assim; o futebol provou que não só connosco acontecem jogos como o da Madeira. Pois é, também o melhor-treinador-de-sempre-e-mais-umas-botas comete erros, também os seus jogadores falham penaltis e cometem erros defensivos estúpidos. E nem com nova Calabotada (absolutamente eclipsada de todo e qualquer programa/jornal/site nos dias a seguir) se conseguiu que a diferença entre Porto e Benfica passasse para 9 pontos.


Pelo meio da semana, veio a confirmação da qualificação para a meia-final da Taça da Liga, num agradável jogo contra uma horrivelmente orientada e perdida em campo Académica de Coimbra. Deste jogo, de salientar as belas exibições de Evandro, Campaña, Rúben Neves, e a entrada explosiva de Quintero. Impressionante a facilidade com que, tendo espaço de manobra entre-linhas e, claro está, forçando o jogo interior, conseguiu fazer 4 meios-golos num curtíssimo espaço de tempo. Jackson em mais uma das suas demonstrações de pura classe, ao transformar uma aberração de canto num golo genial. Depois tivemos Gonçalo. O nosso Gonçalo. O nosso menino. O rapaz de berço azul-e-branco, com apelido que rima com golos e classe. E a classe que este miúdo revela. E aquele festejo... Um momento que nos deixou de olhos humedecidos, a pensar naquela tarde perfeita do nosso Paciência sénior no batatal de Alvalade (e, a pensar que estamos a ficar velhos quando quase choramos ao ver o filho dum dos nossos ídolos de infância a brilhar com as mesmas cores).


No passado Domingo tivemos um jogo ideal para responder à vitória dos encarnados de Sábado. Lemos por alguns sítios que o Paços era isto e aquilo, fraquinho e muito manso, coisa que nos deixa absolutamente indignados (principalmente tratando-se duma equipa orientada por Paulo Fonseca - permitam-nos a piadola). Curioso foi também verificar a bem montada estratégia de pressão alta e de "defesa em modo coador" preparada por Petit para o jogo na Luz. Um assomo de coragem para quem veio ao Dragão jogar com 5 autocarros, 2 carrinhas e 1 monovolume, mesmo estando com 10.

Entrando na partida com vontade de resolver rápido e bem, os nossos rapazes conseguiram precisamente isso. Sendo certo que se mantém a nossa crença de que o nosso jogo poderia (e deveria) passar mais pelo... interior do bloco adversário, penso que a vitória e exibição não deixam dúvidas. Quaresma presenteou-nos com um dos seus momentos de magia, mas foram Jackson e Marcano que mais nos deixaram com água na boca. No caso do primeiro, não é tanto pela percentagem de eficácia na finalização (o que é diferente de ser um grande goleador) mas é pela capacidade de trabalho, técnica apurada e inteligência que põe ao serviço do colectivo que nos deixa deste modo. Quanto ao segundo, é neste momento o nosso defesa central mais fiável. Forte no jogo aéreo, bom no posicionamento, seguro com a bola nos pés, tem vindo a ganhar uma preponderância no sector mais recuado que decerto trará saudáveis dores de cabeça a Lopetegui.

Acerca deste jogo, deixamos uma palavra para Tello, também ele alvo duma insatisfação generalizada da nossa massa adepta (principalmente agora que o "patinho feio" Adrián não está em campo). Tello não é um jogador brilhante, embora tenha características muito acima da média. Tello decide muitas vezes de forma pouco acertada e assertiva. Tello joga em constante vertigem e esse tipo de jogo não é fácil de gerir em termos físicos. Se faz dois ou três sprints de 40 metros quase consecutivos, precisará de tempo para recuperar. E disso depende o jogo dele!

Criticar o rapaz porque, após uma sucessão desses piques vertiginosos, achou que as pernas não chegavam para ir buscar um passe (mal executado, diga-se) de Quaresma, tem tanto de ridículo como de preocupante. Recordo a grande maioria da nossa massa adepta que os dedos das mãos e dos pés não me chegam para contar a quantidade de "ídolos da torcida" que nem de mota, patins, carro, chegavam àquela bola. E aposto convosco que a recção seria sempre de desculpabilização de qualquer um desses jogadores. Lá está, o "espanhol" (como carinhosamente são tratados os jogadores da mesma nacionalidade do nosso mister, menos os que são bons, como Óliver, Àngel ou Marcano), não tem margem de manobra. Ponto final. Deixemo-nos de tretas. É este o sentimento generalizado duma boa percentagem da falange de adeptos e sócios que, num Domingo de Inverno, se desloca ao Dragão. Ganhar de forma convincente e "cascar" no "espanhol". Num qualquer. 

Serão esses os mesmos que já vieram criticar a compra dum dos jovens diamantes da nossa Liga, como é o caso de Hernâni. Sobre isso, o Jorge Vassalo e o Miguel Lima disseram tudo o que de lógico e pertinente se pode dissertar.


Bem-vindo caro Hernâni. Dá graças a Deus por não seres espanhol, pá!



Abraços Portistas!!

Z e v.a.s.c.o.