sexta-feira, 22 de maio de 2015

Acabar Ligado às Máquinas

Depois de mais de um mês com tempo para pouco mais do que ir espreitando os espaços de que não prescindo nesta Bluegosfera, finalmente tive algum tempo para me sentar à frente do computador e escrever algumas coisas. Há muito para dizer, para analisar, para discutir, para ouvir e para ler. 

Decidi organizar tudo por tópicos que irei colocando por aqui nos próximos dias, porque gosto muito de vós e acho que ninguém merece um post com 20 páginas. :)

Vá, agora mais a sério, decidi hoje (enquanto decorre o último jogo da temporada que, infelizmente não pude ir ver nem seguir a partir de casa) escrever algo sobre os jogos que se seguiram a Munique e Bayern. Foram jogos diametralmente opostos ao período anterior, entre Dezembro/Janeiro e final de Março/início de Abril onde, em alguns jogos, o nosso futebol atingiu patamares de topo.


Os últimos jogos da época

Tenho andado ausente da Bluegosfera, por razões que já expliquei atrás, mas nunca me ausentei do portismo que orgulhosamente carrego. Como tal, mesmo não acreditando numa conjugação favorável dos astros para que conseguíssemos o (quase) impossível, acompanhei o melhor que pude os jogos do F.C.Porto pós-Luz. E parece-me que a mesma descrença que me assolava (bem como à grande maioria dos portistas) se apoderou da equipa. Exibições tristes, sem chama, sem energia, sem grande fôlego, quase numa toada de "cumprir calendário". Exibições q.b. (menos a de Belém), com quase todos os defeitos a ganharem força. Fossem os 6909233 passes errados de Herrera, os amuos de Quaresma, o futebol demasiado lento, previsível e mastigado ou as desatenções do costume no sector mais recuado, foi assim que terminámos a época. Penosa e dolorosamente, à espera que alguém fizesse o favor de desligar as máquinas. Conseguimos ser nós mesmos a desligá-las, como falarei a seguir. Um final demasiado cinzento para uma época que, a meio, ameaçou ganhar uma bonita palete de cores. 



Jogo de Belém

Cheguei a ter uma ideia sobre um possível post sobre este jogo. Seria, simplesmente, "Vão gozar com o grande e real caralho que vos foda...". Este foi, com toda a certeza, o pior jogo da época, quase tão miserável como o de Olhão na época passada -  e quando um jogo se assemelha a qualquer dos jogos da época passada, penso que fica tudo dito. Conseguiria perceber um jogo assim se o jogo do Benfica tivesse sido mais cedo, e tivesse ditado a conquista automática do título para os encarnados. Mas não foi assim! Do outro lado havia um empate, havia pressão, havia muito coração e pouca cabeça e, sobretudo, poderia haver sombras a pairar sobre o reino encarnado durante mais uma semana. No Desporto, como na vida, teremos sucessos e insucessos (e os segundos serão sempre muitos mais do que os primeiros), e a forma como lidamos com uns e outros é que dita a fibra de que somos feitos. 

"Não vamos ganhar sempre (infelizmente), poderemos não ganhar tanto como nos habituámos a ganhar, mas foda-se, para nos conseguirem derrotar vão ter de suar, sofrer, como cães!" - era isto que devia estar no sangue dos nossos rapazes. 

Vistas bem as coisas, teve mais brio cada jogador do Vitória de Guimarães na unha do dedo mindinho no pé, ao lutar bravamente para que a festa não ocorresse na sua casa do que o somatório dos nossos jogadores (titulares e banco) e de alguns elementos da nossa equipa técnica. 

Que merda foi aquela? Que miséria foi aquela? Zero jogadas de ataque! Zero de vontade de jogar! Zero de atitude competitiva! ZERO!!! 

Uma caricatura de equipa de futebol, com figurantes disfarçados de jogadores de futebol, cuja única possível associação com uma Instituição com a grandeza do F.C.Porto era o Brasão Abençoado que estava estampado nas suas camisolas. Uma vergonha!

Lamento, não há #colinhos que nos possam valer: esta exibição não foi caso único esta época e, quem joga desta forma, não merece mais.

Claro como água.





6 comentários:


  1. claro, não! claríssimo!

    aguardo com muitas expectativas pela próxima época. tanto como pela ida aos bolos franceses.

    abr@ço
    Miguel | Tomo III

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    1. Miguel... Se te disser que até Julho nem quero ouvir falar de futebol, acreditas??

      Já de bolos franceses.....

      Grande abraço (e desculpa-me lá estes interregnos nas bluegosferas)!

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  2. Mais uma superior crónica à Z.

    Também quero um cruissiante.

    Abraço Azul e Branco,

    Jorge Vassalo | Porto Universal

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    1. Já sabes que há um cruássante com o teu nome gravado a ouro ;)

      Abraço!

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  3. "Vão gozar com o grande e real caralho que vos foda..."

    Infelizmente, foi isto.

    Grande abraço.

    Saudações Portistas.

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