sábado, 4 de abril de 2015

Marítimo vs Porto - Taça da Liga


Confesso que não gosto nada do tratamento dado por quase todos nós (clube e adeptos) à Taça da Liga. Será uma competição com todos os defeitos do Mundo e mais algum, e primariamente uma boa forma de dar algum ritmo competitivo a jogadores mais jovens/menos utilizados, mas num clube como o F.C.Porto, até os Troféus das Taças de Pré-epoca, ou da Liga Fertiberia dos Veteranos, são para ganhar. Todo este desdém começa a soar bastante a arrogância; aquela arrogância que tantas vezes apontamos aos nossos rivais pela sua atitude face às nossas conquistas. Neste momento, a Taça da Liga é uma competição com alguns anos de existência, e a verdade é que não temos uma única vitória para poder adicionar à contagem. E não me venham dizer que não foi por não tentar, ou por não lhe dar importância, porque já fomos a finais e meias-finais, e tivemos algumas das derrotas mais ridículas de que me recordo a jogar esta competição (como a goleada em Alvalade, ou a derrota em casa com o Benfica B ou C na época passada). Por tudo isto, chateou-me bastante o jogo da passada quinta-feira na Madeira. Chateou-me e preocupou-me. Especialmente por duas razões:

- Mesmo com as alterações todas que houve na equipa, o 11 inicial tinha qualidade para se debater num jogo de nível de Champions. Desta forma, cai por terra a desculpa habitual de "jogar com as reservas". Não que ache isso sequer "desculpa", mas até pode ajudar a explicar um jogo menos conseguido. O problema é que esta época, com Lopetegui não há "reservas". Ao longo da temporada, o treinador fez com que todos os jogadores do plantel pudessem ser integrados em jogos a doer, e não se pode dizer que Ricardo, Ángel ou Aboubakar não estejam preparados para um jogo destes. Penso que, de todos os jogadores, só Hernâni se pode sentir mais deslocado dentro da equipa. Em suma, não podemos dizer que jogámos na "máxima força", mas o nosso 11 inicial tinha muito melhores soluções do que o do Marítimo.

- A exibição portista foi de uma falta de qualidade técnica e táctica assustadora. Houve momentos em que parecia que tínhamos regressado à temporada passada, tamanha a desorganização em campo. Sectores estupidamente afastados, a pressão sempre mal feita, maus passes em catadupa, um ataque lento e previsível e erros estúpidos na defesa... Foi mau demais para ser verdade. Mas ainda pior do que isto foi perceber, pelo comportamento de grande parte dos intervenientes, pelas expressões faciais, pela forma displicente como foram abordados alguns lances, que o jogo estava perdido mal o árbitro deu o apito inicial. Deu toda a sensação de que os rapazes foram ali à Madeira mostrar os fatos de treino e os auscultadores da moda, em vez de irem tentar ganhar um jogo. Um acesso a uma final.

Se no post anterior me apoiei em números para analisar o que tem sido a nossa temporada em termos globais, analisemos então os nossos jogos na Madeira este ano. 3 jogos, com 1 empate e 2 derrotas, 4 golos sofridos e 2 golos marcados. Estamos perante um "bloqueio mental" igual ao que o Benfica tem com o Braga, ou o que a Holanda tem com Portugal, ou Portugal com a França? 

Acredito piamente que não passou dum péssimo jogo, muito mal preparado e ainda pior conseguido. Sinceramente, custa-me que haja menos uma final, ainda por cima num sempre apetecível Porto-Benfica. Custa-me ainda mais saber que, possivelmente "demos" ao nosso maior rival uma Taça "de borla". Acredito que, já na 2ª feira, a equipa vai saber reagir e jogar aquilo que sabe. Porque só assim poderemos ainda ter alguma hipótese de chegar ao final da época sem um redondo ZERO na vitrine dos troféus.

2 comentários:

  1. Sem dúvida. Erros são desculpáveis, displicência não.

    Não se admite que se estejam a borrifar para jogos, não são pagos para isso.

    Segunda feira, pré-match?

    Abraçom!

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    1. Por mim. tá cumbinado! E desta vez já estou "comunicável".

      Abraçom

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