quinta-feira, 5 de junho de 2014

Pecados Mortais - Paulo Fonseca

Novo dia. Novo pecado. E de hoje tem como nome: Paulo Fonseca. Não, não atribuímos a culpa da má época do Futebol Clube do Porto exclusivamente ao ex-treinador do Paços de Ferreira. Mas este teve de facto responsabilidades sérias no pesadelo vivido este ano.


Não faço julgamentos de carácter, pois não sou Juiz nem conheço o mister. E não tenho superioridade moral sobre ninguém (váá, talvez sobre 80% dos benfiquistas e sportinguistas) mas o seu discurso nunca foi o de um líder. Sempre me pareceu que procurou mais ser amigo dos jogadores do que alguém que os comandasse da forma correcta. Que os criticasse quando erram e que batesse as palminhas que tanto gostava quando estes mostrassem bom futebol, raça ou atitude para ganhar jogos. Não, não quero alguém como Jorge Jesus que faz a linha lateral a imitar um Orangotango enraivecido que caiu num alguidar de Red Bull à nascença. Mas (talvez fosse a inexperiência a falar) a abordagem do "amigo" não podia dar bom resultado... "Chicote numa mão, e biscoito na outra" tem de ser a regra.

Outra das suas responsabilidades foi não ter aproveitado muito do bom trabalho de Vítor Pereira da época anterior. A nível táctico falaremos noutro dia (o 4x2x3x1 neste Porto foi todo ele um pecado!) mas a teimosia perante coisas tão evidentes são reveladoras de pouca inteligência emocional e de alguma teimosia.

A utilização de Lucho numa posição que não lhe era familiar, obrigando um jogador com 32 anos que nunca foi de correrias a fazer maratonas para trás e para a frente no meio-campo portista. A insistência num meio-campo em 2x1 que prejudicava claramente uma equipa que jogava em 1x2 desde os tempos do Professor Jesualdo Ferreira (9 anos portanto), a recusa em admitir que o triângulo foi invertido na 2ª parte do jogo com o Braga, onde Carlos Eduardo entra ao intervalo e a equipa cresceu e muito a nível exibicional. A péssima gestão de recursos humanos com Quintero, Kelvin, Ghilas, Josué que ou entravam e saiam das convocatórias, ou eram utilizados fora de posição (Josué a extremo, alguém se lembra?) ou entravam em campo para jogar 5 minutos. O discurso de pré-jogo considerando sempre um "adversário complicado" fosse ele o Atlético de Madrid ou o Eintracht Frankfurt...


São demasiados factores juntos que demonstram a sua falta de preparação e incapacidade para ser treinador de um clube de topo.




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